BPF e Bruxelas assinam acordo para desbloquear 3,6 mil milhões de euros para empresas portuguesas

por RTP
Jakub Porzycki - NurPhoto via AFP

A Comissão Europeia e o Banco Português de Fomento (BPF) assinaram esta terça-feira um acordo de garantia do programa InvestEU que pode chegar a 210 milhões de euros. Com este acordo serão desbloqueados mais de 3,6 mil milhões de euros para investimento em projetos sustentáveis, sociais e de investigação e desenvolvimento tecnológico por empresas portuguesas.

“Com este acordo, o BPF torna-se o primeiro parceiro português de execução do InvestEU”, refere Bruxelas em comunicado.

Em declarações aos jornalistas, o ministro da Economia considerou este “um pontapé de arranque concreto para chegar às empresas muito rapidamente, num momento-chave em que nós precisamos destas boas notícias para pôr a economia a crescer”.

Pedro Reis acredita que o dinheiro chegará “nos próximos meses”, após protocolizadas as operações. “A nossa perceção é que vai ser muito rápido”, afirmou.

O ministro vincou ainda que “o sistema financeiro e o Banco Português de Fomento em particular estão muito bem apetrechados e preparados (…) para fazer este dinheiro chegar às empresas”.

“O Banco Português de Fomento está a funcionar e este é o melhor exemplo e sinal de que isso está a acontecer. Não vejo outra demonstração de resultados concretos com esta dimensão e materialidade como este caso”, acrescentou.
“Objetivos estratégicos”
Segundo a Comissão Europeia, o BPF vai utilizar a garantia da União Europeia para mobilizar investimentos em três das "janelas políticas" do InvestEU: infraestruturas sustentáveis, PME e investimento social e competências.

“A garantia vai proporcionar financiamento indireto através de uma Plataforma de Investimento para um vasto leque de entidades dos setores privado e público, centrando-se em vários domínios prioritários do InvestEU, incluindo a energia sustentável, os recursos renováveis, a economia circular, as tecnologias da informação e comunicação e a digitalização, assim como o financiamento direto de infraestruturas sociais”, lê-se em comunicado.

Estes investimentos “vão ajudar a UE a alcançar os seus objetivos estratégicos mais amplos de assegurar as transições ecológica e digital”, explica Bruxelas.

O acordo foi assinado pelo ministro português da Economia, Pedro Reis, e pelo comissário europeu da tutela, Paolo Gentiloni, na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas.
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